quinta-feira, 25 de abril de 2013

Por que esse medo de ficar sozinho?


Engraçado. Vivemos à procura de algo que nem sabemos exatamente o que é. Acho que chega uma hora, que o medo de ficar só é tão grande, que conhecemos alguém e já depositamos toda a expectativa nessa pessoa. Não nos preocupamos sequer com o sentimento. Podemos não sentir nada, mas fulano tem as qualidades que eu gostaria num namorado, sicrano é bom de papo, e aquele lá? Nossa, uma gracinha... Imagina apresentando pras amigas, e fazendo o ex morrer de inveja. Pensamento pequeno, mas muito comum. Esquecemos que antes de tudo, antes de fazer qualquer tipo de plano ou criar expectativas, é importantíssimo que se conheça a pessoa. Que sinta algo relevante que te faça pensar e a agir de outra forma. Você sai com um cara pela primeira vez. O encontro de vocês é incrível, vocês riem juntos, descobrem diversas coisas em comum, e pronto... Foi o suficiente pra você pensar que ele poderia ser a metade da laranja que você tanto esperava. Conta super animada os momentos em detalhe pras amigas, acreditando que encontrou o cara certo. E pode até ser, mas não vai ser de um dia pro outro que você descobrirá se é isso realmente. Daí ele não liga no dia seguinte. Frustração. Você nem sabe a real intenção dele, não sabe o que o trouxe até aqui, se ele está focado no trabalho ou se está à procura de alguém do mesmo modo que você. Ou de repente, ele é tímido. Tem medo de se envolver, não gosta de parecer pegando no pé. Ou tem trauma de alguma relação antiga e não sabe como se portar diante de uma situação nova. As possibilidades são infinitas, mas a frustração leva sempre ao mesmo lugar. E sabe por que ela acontece? Porque esperamos demais. O segredo é não esperar. O segredo é viver um dia de cada vez, é conhecer a pessoa, e principalmente, se conhecer. Se curtir, curtir os amigos, se divertir, ao invés de olhar o telefone de cinco em cinco minutos aguardando uma mensagem ou ligação. Essa ansiedade só faz mal, porque você passa a depositar seus sorrisos e confiança na mão de outra pessoa. Na mão de alguém que você nem sabe se merece tamanha responsabilidade. Sua felicidade depende única e exclusivamente de você. Ela chega pra quem relaxa. Pra quem sabe viver e se bastar, sem que pra isso seja preciso uma segunda pessoa. Feliz é quem consegue enxergar seu valor e usufruir da sua própria companhia. Assim, quando pintar alguém especial, ao invés de criar, essa pessoa poderá superar suas expectativas.
Carolline Vieira

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