segunda-feira, 30 de abril de 2012

''Eu já defini músicas como minhas preferidas que hoje em dia nem me recordo do nome. Já disse odiar algumas que agora vivo cantarolando pelos cômodos da casa. Eu via desenhos que me enjoavam, mas que agora me fazem falta. Eu brincava tão bem de pique-esconde que até hoje não reencontrei meus amigos. Falando em amigos, eu apontava alguns como os melhores, que na primeira viagem se foram tão rápido que até se esqueceram das bagagens cheias de lembranças, e aqueles que eu sempre via no fundo da sala, hoje fazem questão de se sentarem ao meu lado.
Eu já ”fugi” de casa na esquina de baixo da minha rua, até minha mãe gritar meu nome e dizer que o jantar já estava sobre a mesa. Eu já coloquei replay em algumas melodias que eu deveria esquecer, mas que eu aprendi de cor a letra inteira. Meu primeiro amor eu nunca mais o vi, meus brinquedos nem sei como me desfiz, e meus sonhos? Aqueles que desde criança você se cansa de repetir ”quando eu crescer vou querer ser …”, enquanto hoje seu único desejo é fechar as janelas do seu quarto para não ver o tempo passar tão depressa lá fora.
Eu já tive vontade de desaparecer, e agora só preciso de um pouco de atenção. Na verdade eu nem sei o que eu quero, por isso nunca mais fiz planos sobre o futuro, porque eu tenho certeza que amanhã vou dizer ” Eu já escrevi sobre coisas que quis e já deixei de querer, enquanto hoje só preciso descansar minha mente.”
— Crescer as vezes cansa - quase-heroina (via quase-heroina)

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